O Japão informou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU) que 28 trabalhadores receberam doses elevadas de radiação durante os esforços para estabilizar a usina atômica de Fukushima Daiichi, parcialmente destruída pelo terremoto seguido de tsunami em março.
Das mais de 300 pessoas no local, 28 acumularam doses superiores a 100 millisieverts (mSv), disse a AIEA, citando dados das autoridades japonesas.
"Nenhum trabalhador recebeu uma dose acima de 250 mSv, valor de referência do Japão para restringir a exposição de funcionários de emergência", disse a AIEA na sexta-feira.
A dose média para um funcionário de usina nuclear é de 50 mSv ao longo de cinco anos.
No mês passado, dois trabalhadores da usina de Fukushima foram hospitalizados porque seus pés foram expostos a 170 a 180 mSv, quando eles pisaram em água contaminada. Os dois se recuperaram.
O desastre de Fukushima é o pior no mundo desde o de Chernobyl, há 25 anos, e as autoridades japonesas o colocam no grau mais severo numa escala reconhecida internacionalmente.
Mas, ao contrário do que aconteceu em Chernobyl (Ucrânia), ninguém parece ter morrido por causa da exposição radiativa.
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