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A líder oposicionista María Corina Machado: integrantes da sua equipe têm sido perseguidos desde a campanha para a eleição presidencial
A líder oposicionista María Corina Machado: integrantes da sua equipe têm sido perseguidos desde a campanha para a eleição presidencial| Foto: EFE/Ronald Peña

O jornalista venezuelano Luis Gonzalo Pérez, integrante da equipe de imprensa da líder oposicionista María Corina Machado, afirmou nesta quinta-feira (19) que deixou a Venezuela devido à perseguição da ditadura de Nicolás Maduro contra ele e seus familiares.

Pérez, que tem 824 mil seguidores no Instagram, publicou um vídeo na rede social falando sobre sua decisão. Ele disse que vinha se escondendo das autoridades chavistas desde que fez relatos sobre os protestos de 29 de julho, dia seguinte à contestada eleição presidencial que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado por Maduro, diz ter sido vencida pelo ditador.

“A partir deste dia [29 de julho], recebi múltiplas ameaças e alertas, nos quais o Estado venezuelano estava me procurando para realizar a minha captura e, lamentando muito, esta foi uma situação que me impactou como ser humano e profissional. E tivemos que tomar primeiro a decisão de estar sob proteção e paralisar todas as nossas comunicações, como vocês já viram”, disse o jornalista.

“Tive que tomar a decisão de deixar a Venezuela, estou exilado como milhões de venezuelanos. Nunca esteve nos meus planos de vida ou de trabalho ter que sair à força do meu próprio país”, lamentou Pérez.

No vídeo, o jornalista lembrou que a repressão pós-eleitoral desencadeada pelo chavismo já levou ao exílio 18 profissionais de imprensa.

“Estamos atravessando uma situação em que os nossos direitos não são respeitados, onde jornalistas na Venezuela estão atualmente presos e acusados ​​de terrorismo. O nosso trabalho e as nossas armas são uma câmera e uma caneta, poder documentar, mostrar o mundo e levantar a voz de quem não consegue”, acrescentou Pérez.

Desde a campanha presidencial, vários integrantes da equipe de María Corina Machado vêm sendo perseguidos e presos pela ditadura de Maduro, e seis deles estão desde março refugiados na Embaixada da Argentina em Caracas.

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