O juiz Juan Merchan e sua família receberam várias ameaças através de telefonemas e e-mails, informaram nesta quinta-feira veículos de imprensa americanos. Merchan foi designado para o julgamento do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (2017-2021) em um caso que envolve um suposto pagamento de suborno a uma atriz pornô.
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A maioria das ameaças e telefonemas difamatórios, que alegadamente vieram de fora do estado de Nova York e estão sob investigação, ocorreu dentro de 24 horas após Merchan ler as 34 acusações apresentadas pela Procuradoria do Distrito de Manhattan contra Trump, na terça-feira (4).
Depois que se soube que Merchan seria o juiz que leria as acusações, Trump escreveu em sua rede social Truth que o juiz o odeia.
Merchan, que emigrou da Colômbia para Nova York com a família quando tinha seis anos de idade, anteriormente participou do julgamento da Organização Trump, de propriedade do ex-presidente, por fraude fiscal. Ele supervisionou um caso contra Steve Bannon, estrategista político e ex-conselheiro de Trump, e condenou à prisão Allen Weisselberg, um dos homens mais leais ao ex-presidente.
O promotor Alvin Bragg, que comandou a investigação contra Trump, e funcionários de seu gabinete também já receberam ameaças, de modo que a Polícia aumentou a segurança para eles.
De acordo com a acusação, Trump comandou um esquema para pagar suborno pelo silêncio de três pessoas que poderiam prejudicar sua campanha à presidência em 2016, incluindo a atriz pornô Stormy Daniels, que teria tido um caso com ele anos antes - o ex-presidente nega todas as acusações.
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