Julgamento de homem que tentou matar Trump na Flórida é marcado para fevereiro

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O início do julgamento de Ryan Routh, o homem acusado de tentar assassinar o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em um campo de golfe na Flórida quando ainda era candidato, foi marcado para 10 de fevereiro de 2025.

De acordo com um documento judicial ao qual a Agência EFE teve acesso nesta segunda-feira (18), a juíza Aileen Cannon estabeleceu essa data para o início do julgamento de Routh pelo júri, um processo a ser realizado em um tribunal federal em Fort Pierce, no leste da Flórida, e que a princípio durará duas semanas.

A juíza marcou a nova data (o julgamento estava programado para começar em 11 de novembro) para “permitir a consideração e a deliberação adequadas de qualquer moção antecipada prévia ao julgamento”, de acordo com o documento. 

Os advogados de acusação, em cumprimento a uma ordem da magistrada, entregaram no domingo uma lista dos especialistas que pretendem chamar como testemunhas durante as audiências no tribunal.

Routh se declarou inocente em 30 de setembro de cinco acusações, incluindo tentativa de assassinato de um proeminente candidato presidencial, posse de arma de fogo em prol de um crime violento e agressão a um oficial federal.

O homem de 58 anos foi preso em 15 de setembro no campo de golfe na Flórida de propriedade de Trump, onde um agente do Serviço Secreto o descobriu armado com um rifle semiautomático escondido atrás de uma fileira de arbustos e enquanto o então candidato do Partido Republicano à presidência estava no local.

Depois de ser visto, ele fugiu do local, mas foi preso no mesmo dia. Routh também foi acusado dos crimes de posse de arma de fogo e posse de arma de fogo com número de série raspado em conexão com a tentativa de assassinato.

Routh, que em uma carta escrita à mão reconheceu sua intenção de cometer o crime e lamentou ter falhado, pode pegar a sentença máxima de prisão perpétua se for condenado.

Em outubro, Cannon se recusou a se retirar do caso, como a defesa havia solicitado em uma moção.

A juíza rejeitou a moção da defesa de Routh, que alegou que ela tem alguma “relação” com o ex-presidente, que a nomeou para o cargo em 2020.