Um grupo de líbios que vive no Brasil cobrou do governo brasileiro o apoio ao governo de transição da Líbia. O grupo está desde a manhã desta segunda-feira (22) dentro da Embaixada da Líbia em Brasília e diz que só deixará a representação diplomática depois de um posicionamento oficial da presidenta Dilma Rousseff em relação à crise no país e à queda do líder Muamar Kadafi.
"O Brasil não fica do lado do povo líbio", reclamou o comerciante Mohamed Elzwei, que mora em São Paulo está em Brasília para participar do movimento de oposição a Khadafi na embaixada.
O porta-voz do Itamaraty, embaixador Tovar Nunes, disse à Agência Brasil que o governo tem feito consultas a líderes árabes e africanos para tomar uma posição definitiva.
Os manifestantes já dão como certa a saída de Kadafi, que está há mais de 40 anos no poder. "O governo [de Muammar Khadafi] já foi. Agora, nova Líbia", disse Mohamed Elzwei. Duas bandeiras do Conselho Nacional de Transição, formado por líderes dos insurgentes que ainda enfrentam as forças leais a Kadafi, estão hasteadas na embaixada.
Para o grupo, o embaixador líbio no Brasil, Salem Al Zubaidi, não tem como permanecer no cargo. O diplomata saiu da representação diplomática no início da tarde desta segunda-feira (22), após o fim do expediente, segundo informação de funcionários. Na saída, ele garantiu que continuará no cargo pelos próximos dias. O Itamaraty informou à Agência Brasil que o embaixador da Líbia não fez comunicação oficial ao Ministério das Relações Exteriores.
Durante o dia, o clima na embaixada foi tranquilo, diferentemente de sexta-feira passada (19), quando manifestantes líbios pró e contra Kadafi se desentenderam e trocaram socos e chutes na frente da representação diplomática.
Segundo informações de agências de notícias internacionais e organizações não governamentais, os rebeldes líbios tentam tomar o controle da capital Trípoli, mas ainda enfrentam resistência de tropas leais a Kadafi. O quartel-general do líder líbio foi cercado e não há informações sobre o paradeiro dele.
Como a suspensão do X afetou a discussão sobre candidatos e fake news nas eleições municipais
Por que você não vai ganhar dinheiro fazendo apostas esportivas
Apoiadores do Hezbollah tentam invadir Embaixada dos EUA no Iraque após morte de Nasrallah
Morrer vai ficar mais caro? Setor funerário se mobiliza para alterar reforma tributária
Deixe sua opinião