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Cessar-fogo

“Luta vai seguir até o último refém ser devolvido”, dizem familiares após acordo entre Israel e Hamas

“Luta vai seguir até o último refém ser devolvido”, dizem familiares após acordo entre Israel e Hamas
Familiares de reféns sequestrados pelo Hamas durante protesto nesta quinta (15) (Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN)

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O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, anunciado nesta quarta-feira (15), foi recebido com cautela e esperança pelas famílias dos reféns que ainda estão sendo mantidos pelos terroristas palestinos em Gaza.

“Esta é uma etapa importante e significativa que nos aproxima do momento em que veremos todos os reféns retornarem — os vivos para a reabilitação com suas famílias e os falecidos para um enterro digno em seu país”, declarou o Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos, que fala pelos familiares dos sequestrados.

Israel acredita que 94 dos reféns que foram sequestrados durante os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023 ainda estão vivos. Além deles, os reféns Avera Mengistu e Hisham al-Sayed, também ainda estão em Gaza, sob poder do grupo terrorista desde 2014 e 2015, respectivamente. Já os corpos de Hadar Goldin e Oron Shaul, soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF) mortos durante uma operação de2014, seguem sob posse do Hamas há mais de uma década.

O fórum reiterou que, apesar da importância deste acordo inicial, as famílias não relaxarão enquanto todos os reféns não estiverem de volta ao país.

“A jornada apenas começou e não terminará até que o último refém seja devolvido”, destacou a organização, cobrando do governo israelense a implementação completa do pacto.

A primeira fase do acordo prevê um período inicial de 42 dias, durante o qual será permitido o envio de ajuda humanitária e combustível para toda a Faixa de Gaza, além da reabilitação de hospitais. Nesse período, o Hamas deverá libertar 33 reféns israelenses em troca da soltura de um número ainda não especificado de prisioneiros palestinos detidos em Israel.

As próximas etapas do cessar-fogo ainda serão definidas pelas partes envolvidas, mas, até lá, as famílias dos reféns afirmam que o alívio só virá quando seus entes queridos estiverem em segurança.

“O anúncio da assinatura [do acordo] não permite alegria ou alívio entre as famílias. Prenderemos a respiração até que todos os nossos entes queridos estejam em casa”, concluíram os representantes do fórum.

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