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Em meio a insegurança no espaço aéreo

A pedido de Trump, Maduro aceita voos de repatriação de migrantes nos EUA

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, vem se comunicando com o governo de Donald Trump, apesar de crescente pressão militar no Caribe (Foto: EFE/ Miguel Gutierrez)

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O regime de Nicolás Maduro autorizou a retomada dos voos de repatriação de migrantes venezuelanos nos Estados Unidos operados pela companhia aérea americana Eastern Airlines, após receber um pedido do governo de Donald Trump, informou na terça-feira (2) o Ministério dos Transportes da Venezuela.

Em comunicado publicado no Instagram, a pasta informou que a autorização foi dada “por instruções” de Maduro e que se aplica aos voos que cobrem a rota da cidade de Phoenix, no estado do Arizona (EUA), para o aeroporto internacional de Maiquetía, que atende Caracas.

Consequentemente, os voos têm autorização para entrar no espaço aéreo venezuelano “como tem ocorrido periodicamente todas as quartas e sextas-feiras”, desde que ambos os países concordaram com a repatriação de migrantes em janeiro deste ano.

No sábado, a Venezuela afirmou que os Estados Unidos suspenderam “de forma unilateral os voos de migrantes venezuelanos”, depois que Trump advertiu que o espaço aéreo do país sul-americano deveria ser considerado “totalmente fechado”, uma mensagem que Caracas repudiou.

“Nenhuma autoridade alheia à institucionalidade venezuelana tem competência para interferir, bloquear ou condicionar o uso do espaço aéreo nacional”, afirmou o regime chavista em comunicado.

Essas trocas ocorrem em meio a tensões crescentes entre Washington e Caracas, após o envio de tropas americanas ao Caribe, defendido pela Casa Branca como parte de sua estratégia contra as drogas provenientes da América Latina, mas que a ditadura chavista classifica como “ameaça” e tentativa de promover uma mudança de regime.

Em 21 de novembro, a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos EUA alertou companhia aéreas a terem “extrema cautela” ao sobrevoar a Venezuela e o sul do Caribe diante do que considera “uma situação potencialmente perigosa” na região, o que desencadeou uma onda de cancelamentos de voos de e para o país sul-americano.

Em resposta, a Venezuela revogou as concessões de operação de sete companhias aéreas internacionais, incluindo a brasileira Gol.

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