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Ditador da Venezuela compartilhou no Telegram mensagens e álbum de fotos da sua campanha, sem falar da repressão pós-eleitoral e da fraude que o manteve no poder
Ditador da Venezuela compartilhou no Telegram mensagens e álbum de fotos da sua campanha, sem falar da repressão pós-eleitoral e da fraude que o manteve no poder| Foto: EFE/EPA/ALEXANDER NEMENOV/POOL

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, compartilhou no Telegram nesta segunda-feira (28) mensagens e um link para um álbum de fotos da sua campanha presidencial, para comemorar três meses da eleição fraudada que o manteve no poder.

“Três meses depois do retumbante triunfo popular de 28 de julho, compartilho com vocês uma seleção de mais de 1,5 mil fotos da bela peregrinação que fiz por todo o país, de comunidade em comunidade e com pessoas comuns”, escreveu o ditador.

“Foi, como diria nosso pai e professor Hugo Chávez, uma campanha admirável, heroica, criativa, alegre, festiva e propositiva, que resultou na união de todas as forças do povo, trabalhadoras, trabalhadores, jovens, estudantes, motoristas, agricultores, agricultoras, avós, avôs, com a alegria e organização do Poder Popular, que se manifestou com força no dia 28 de julho de 2024. A paz na Venezuela triunfou! Meu abraço e compromisso!”, acrescentou o ditador.

“Estamos vencendo a batalha pela paz, será uma nova vitória contra o golpismo e o fascismo”, finalizou.

Nas mensagens, Maduro não fez referência à repressão pós-eleitoral na Venezuela, que levou o candidato da principal coalizão opositora, Edmundo González, a se exilar na Espanha, nem à fraude eleitoral de 28 de julho.

A oposição divulgou num site cópias de 83,5% das atas de votação, comprovando que González venceu o pleito, documentos que foram entregues à Organização dos Estados Americanos (OEA). Mesmo assim, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro vencedor, sem ter divulgado os resultados detalhados por seção eleitoral.

Vários países, como Estados Unidos e Argentina, e o Parlamento da Espanha reconheceram González como o vencedor da eleição.

Nesta segunda-feira, líderes da oposição também se manifestaram sobre os três meses desde a data do pleito, e afirmaram que seguem a mobilização para que González tome posse em janeiro.

“Há três meses começamos a escrever a história da mudança para a Venezuela! Foi um dia histórico, no qual os cidadãos e a sociedade civil foram os principais protagonistas! Agora, mais do que nunca, o nosso foco deve ser lutar juntos pela verdade do 28 de Julho, agarrados à Constituição e sempre ao lado do povo!”, escreveu Carlos Ocariz, do partido Primero Justicia, no X.

Na mesma rede social, a líder oposicionista María Corina Machado também pediu mobilização contra a fraude chavista.

“Conseguimos, conseguimos juntos, vamos manter isso em mente todos os dias, enquanto continuamos lutando para reivindicar a nossa vitória. Todo mundo sabe: naquele dia, Edmundo González ganhou e a Venezuela ganhou”, afirmou Machado, que não pôde concorrer como candidata do bloco oposicionista Plataforma Unitária Democrática (PUD) porque foi inabilitada pela ditadura chavista.

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