O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta sexta-feira (18) a nomeação do empresário colombiano Alex Saab como ministro da Indústria e Produção Nacional.
“Nomeei Alex Saab como novo ministro do Poder Popular para a Indústria e Produção Nacional. Tenho certeza de que, com a sua grande capacidade de gestão e compromisso com o nosso povo, promoverá o desenvolvimento de todo o sistema industrial da Venezuela no âmbito do processo de construção do novo modelo econômico. Todo o apoio à imensa tarefa que tem de cumprir”, escreveu Maduro no seu canal no Telegram, segundo informações do site Efecto Cocuyo.
Em dezembro do ano passado, a ditadura da Venezuela e os Estados Unidos fizeram um acordo para que o país sul-americano libertasse 36 presos, incluindo 12 americanos, em troca da libertação de Saab, apontado como testa de ferro de Maduro e que havia sido extraditado para os Estados Unidos em 2021.
Alex Saab foi detido em Cabo Verde em junho de 2020, quando seu avião parou para reabastecer no Aeroporto Internacional Amilcar Cabral, na Ilha do Sal. Ele foi extraditado aos Estados Unidos em outubro de 2021, por acusações de lavagem de dinheiro, e aguardava julgamento.
Ele foi recebido de forma efusiva por Maduro ao retornar à Venezuela e em janeiro já havia obtido um cargo no regime chavista, como presidente do Centro Internacional de Investimento Produtivo.
A libertação de Saab ocorreu num momento em que o governo de Joe Biden fazia concessões devido a um acordo assinado em Barbados pela ditadura chavista e pela oposição venezuelana para eleições presidenciais livres em 2024.
Sanções contra a Venezuela, incluindo aos setores de petróleo e gás, foram suspensas por seis meses, mas foram restabelecidas em abril deste ano devido à confirmação do impedimento à líder oposicionista María Corina Machado de concorrer na eleição presidencial de 28 de julho.
Depois, Maduro promoveu uma fraude eleitoral para que fosse proclamado vencedor e o regime chavista intensificou a perseguição contra opositores, o que resultou na saída do país de Edmundo González, vencedor do pleito presidencial. Em setembro, ele se refugiou na Espanha.
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