O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, aproveitou um evento de campanha neste domingo (21) para realizar novos ataques contra o presidente da Argentina, Javier Milei, usado frequentemente como exemplo negativo pelo regime chavista.
Maduro fez questão de mirar em Milei em seu discurso para apoiar seus ideais esquerdistas. "Nos últimos dias eu falei e ele ficou bravo, mas falei a verdade, que Milei é um nazista fascista durão, ele é um durão que está passando a motosserra para os trabalhadores" na Argentina.
O ditador venezuelano e candidato às eleições presidenciais do próximo domingo (28) então perguntou aos apoiadores em Nueva Esparta, nordeste do país, se eles querem ver a mesma situação da Argentina na Venezuela, considerando a gestão do libertário um "desastre social".
Os insultos ao presidente argentino se tornaram comuns nos eventos de campanha do chavismo. Em resposta a um dos ataques na sexta-feira passada, a Casa Rosada [sede do governo em Buenos Aires] emitiu uma declaração dizendo que as alegações de Maduro não merecem uma reação porque vêm de um “ditador” e de um “imbecil”.
Nicolás Maduro acusou na quinta-feira (18) os presidentes da Argentina, Javier Milei, e do Equador, Daniel Noboa, de estarem por trás de um plano para “suspender” as eleições no país, que serão realizadas no próximo dia 28 e apontam para uma vantagem do candidato da oposição Edmundo González Urrutia.
As relações entre Argentina e Venezuela, que foram estreitas durante os mandatos do peronista Néstor Kirchner (2003-2007), Cristina Kirchner (2007 e 2015), e Alberto Fernández (2019-2023), pioraram desde dezembro do ano passado, quando Milei venceu as eleições presidenciais e assumiu a Casa Rosada.
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