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Magnata Mike Lynch é identificado entre corpos resgatados de iate que naufragou na Sicília
Serviços de regate italianos seguem tentando localizar a última pessoa que ainda está desaparecida| Foto: EFE/Vigili del Fuoco

O magnata britânico Mike Lynch foi identificado nesta quinta-feira (22) entre os cinco corpos recuperados no interior do iate que naufragou na última segunda-feira (19) na costa da Sicília, no sul da Itália, segundo afirmou a imprensa local e uma fonte à agência Reuters.

O corpo sem vida do empresário, que era considerado desaparecido, foi retirado esta manhã do iate naufragado a 50 metros de profundidade e levado para terra para passar por uma autópsia. Autoridades italianas ainda não falaram oficialmente sobre a identificação dos corpos.

O iate Bayesian, com bandeira britânica, afundou na noite de segunda-feira na costa da cidade de Porticello, em meio a uma forte tempestade, quando estavam em seu interior 22 pessoas, 12 passageiros e 10 tripulantes.

A tragédia até então havia deixado um morto, o cozinheiro canadense Recaldo Thomas, e seis desaparecidos: Mike Lynch e sua filha de 18 anos, Hannah; o presidente do banco Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, e sua esposa Judy, e o advogado do empresário, Chris Morvillo e sua esposa Neda.

Nesta quarta-feira (21), os bombeiros italianos conseguiram recuperar cinco corpos do iate e tentam extrair o sexto e último, em meio a grandes dificuldades devido à profundidade e à posição do navio após seu naufrágio.

Lynch, de 59 anos, estudou Física, Matemática e Bioquímica na Universidade de Cambridge. Lançou várias empresas de software e fundou a empresa de tecnologia Autonomy em 1996, razão pela qual era frequentemente chamado de “Bill Gates britânico”.

Em 2011, vendeu sua empresa à gigante informática Hewlett Packard (HP) por US$ 11 bilhões, o que gerou lucros de US$ 800 milhões e uma disputa judicial de mais de 13 anos, da qual foi absolvido no último mês de junho.

A HP declarou ter encontrado “graves irregularidades contábeis” na Autonomy e acusou Lynch de 17 crimes – posteriormente reduzidos para 15 – como fraude e conspiração.

Se fosse considerado culpado, poderia pegar 25 anos de prisão nos Estados Unidos. Lynch ainda chegou a passar mais de um ano em prisão domiciliar em São Francisco aguardando julgamento, após ser extraditado do Reino Unido em maio de 2023.

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