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Mergulhadores encontram corpo de filha de Mike Lynch, última desaparecida em naufrágio
Equipes de resgate carregando o corpo encontrado ontem até um posto da Guarda Costeira| Foto: EFE/EPA/IGOR PETYX

As equipes de busca da Itália localizaram nesta sexta-feira (23) o corpo de Hannah, filha de 18 anos do bilionário britânico Mike Lynch, última pessoa desaparecida no naufrágio do Bayesian, o iate que afundou na última segunda-feira (19) no litoral da Sicília, na Itália, depois de um forte tornado.

Durante a manhã, os mergulhadores voltaram a submergir até à profundidade de 50 metros, onde se encontra o iate, em busca da última vítima, depois de na quinta-feira (22)  terem recuperado o corpo do quinto dos seis desaparecidos, que era justamente Mike Lynch, segundo a imprensa internacional.

Restava então encontrar Hannah, depois de terem recuperado os corpos do presidente do banco Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, e de sua esposa Judy, e do advogado do empresário, Chris Morvillo e de sua esposa Neda; enquanto no primeiro dia das buscas foi encontrado no mar o corpo do cozinheiro do navio, Recaldo Thomas.

No meio da manhã, as equipes de busca localizaram o corpo da jovem e uma hora depois conseguiram recuperá-lo e levá-lo a terra firme para ser transferido de ambulância ao cemitério de Portici, em Palermo, onde estão os restos mortais das outras seis vítimas do naufrágio.

A jovem foi localizada, tal como as demais vítimas, fora das cabines, o que leva a crer que as seis vítimas tentaram sair do iate enquanto este afundava.

O Ministério Público de Termini Imerese, que investiga o naufrágio pelos crimes de homicídio múltiplo e naufrágio por negligência, poderá agora ordenar as autópsias das vítimas e anunciou uma coletiva de imprensa para este sábado (24) para dar detalhes sobre a abertura da investigação.

Resta esclarecer como foi possível que o iate de 56 metros, equipado com as mais sofisticadas tecnologias e equipamentos de radar, tenha afundado em poucos minutos, como demonstram os inúmeros vídeos adquiridos pelos investigadores nas residências e em um iate clube localizado na área.

Uma das hipóteses formuladas inicialmente foi a quebra do mastro, que media 75 metros, mas as operações de resgate teriam demonstrado que o instrumento está intacto.

Outra é que o navio se inclinou tanto que a água entrou porque as escotilhas e as portas laterais estavam abertas, apesar dos avisos de que uma tempestade se aproximava.

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