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sem registro

México pode cortar até 30 milhões de celulares para combater crime

Milhões de mexicanos podem ter suas linhas de celular cortadas neste fim de semana se o governo levar adiante uma nova lei para combater o crime que forçaria as pessoas a registrar seus aparelhos.

Anúncios divulgados em emissoras de rádio e televisão estatais nas últimas semanas pedem aos mexicanos que registrem seus celulares enviando suas informações pessoais por mensagem de texto, mas, até esta quinta-feira (8), 30 milhões de linhas permanecem sem registro a poucos dias do prazo dado pelo governo.

Analistas afirmam que quaisquer perdas para a maior operadora do país, América Móvil, serão minúsculas em comparação às vendas totais da companhia. Mesmo assim, a operadora, controlada pelo bilionário Carlos Slim, pressiona senadores para estender o prazo de implementação da lei, aprovada há um ano, que busca impedir criminosos de usar celulares para extorsão e negociar resgates de sequestros.

"Perto de 30 milhões de pessoas serão afetadas... muitas das quais dependem do celular como seu único meio de comunicação", disse o chefe de Relações Institucionais da América Móvil, Guillermo Ferrer, por e-mail.

A maioria dos 84 milhões de celulares do México é de aparelhos pré-pagos com um pacote limitado de minutos que pode ser facilmente comprado em lojas.

A América Móvil conta com uma fatia de 71% do mercado de telefonia móvel do México, além de operações no Brasil, Chile e outros países da região. Grande parte da participação restante no mercado é da espanhola Telefonica.

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