Milhares de nepaleses morreram trabalhando nas obras da Copa do Mundo do Catar. Segundo o governo do Nepal, entre julho de 2021 e julho deste ano, 296 trabalhadores faleceram. Na última década, desde que as obras começaram no país da Península Arábica, mais de 2 mil operários nepaleses morreram. Um levantamento do Jornal inglês The Guardian, mostra que, se incluídos bengalis, cingaleses, pakis e indianos, esse número passa de seis mil operários mortos no Catar desde 2011.
Em entrevista ao Jornal da Band, a família de um operário que foi trabalhar no país-sede da Copa diz que até agora não sabe o que aconteceu com o parente e não recebeu indenização. " A empresa não nos disse nada. Os amigos dele que nos ligaram um dia e nos disseram que ele estava morto", disse o pai da vítima, Hiral Al Pasman, ao repórter Yan Boechat.
Bir Bahadur Pasman morreu aos 25 anos num canteiro de obras em Doha, a capital do Catar. Os documentos oficiais apontam para “asfixia por enforcamento”, mas a família refuta essa causa de morte.
Na mesma reportagem, o vice-secretário do Comitê de Trabalho Externo do governo do Nepal, Deepak Dhakal, aponta que os números reais devem ser até o dobro dos anunciados oficialmente. “Nós não temos os números reais de mortos porque aqui nós só temos os registros das famílias dos mortos no Catar que vem buscar auxílio. Muitos não vêm", explica.
Por sua vez, o governo do Catar e a Fifa afirmam que, desde que as primeiras denúncias de maus tratos aos operários estrangeiros, foram realizadas reformas na legislação trabalhista.
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