O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, voltou a descartar qualquer possibilidade de cessar-fogo, prometendo aos participantes de um evento das Nações Unidas “não parar a guerra (em Gaza)” até que “todos os nossos reféns” mantidos pelo Hamas sejam resgatados.
Katz falou por vídeo aos participantes de um encontro que lembrava o primeiro aniversário dos ataques terroristas do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. O evento, organizado pela missão israelense na sede da ONU, contou com a presença de dezenas de diplomatas, além de vários convidados da comunidade judaica de Nova York e parentes desses reféns.
O chanceler israelense reconheceu que foi seu país que “eliminou Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah (grupo xiita libanês), e destruiu a maioria dos mísseis do grupo”.
Katz também voltou a comentar sobre a possibilidade de ataques contra Teerã. “Ainda temos um longo caminho a percorrer: na semana passada, o Irã disparou dezenas de mísseis contra Israel, e eu prometo que vamos revidar com força e poder e derrotar nossos inimigos”, acrescentou.
Após as declarações do chanceler, foi a vez do embaixador israelense na ONU, Danny Danon, se manifestar no evento. Ele novamente atacou todo o sistema da ONU, acusando-a de não demonstrar solidariedade a Israel.
“Essa instituição falhou conosco repetidas vezes. Na época do massacre de 7 de outubro, ela se recusou a agir. Não conseguiu encontrar o mínimo de ética para condenar o assassinato brutal de civis inocentes (...) permaneceu em silêncio e, quando decidiu se manifestar, não o fez por justiça, mas para rebaixar o país que lutava para proteger seu povo”, declarou Danon.
“Nos comprometemos a fazer o que for necessário. Independentemente da condenação ou de preconceitos (contrários), Israel atingirá seus objetivos”, concluiu.
A cerimônia na ONU foi uma homenagem aos mortos nos ataques terroristas do ano passado e aos reféns remanescentes do Hamas, que se acredita serem cerca de cem.
Houve um minuto de silêncio, assim como uma oração de um rabino, a apresentação de um cantor israelense e testemunhos comoventes de parentes de algumas das 1.200 pessoas mortas naquele dia, a maioria judeus, mas também alguns árabes.
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