Pesquisadores da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, identificaram um objeto que tem mais de 27 mil vezes o tamanho da Terra e que está se afastando da Via Láctea a cerca de 1,6 milhão de quilômetros por hora.
Segundo comunicado divulgado pela agência no último dia 15, o objeto foi identificado por três cientistas do projeto Backyard Worlds: Planet 9 da Nasa e a velocidade é tão alta que ele escapará da gravidade da Via Láctea e seguirá para o espaço intergaláctico.
Martin Kabatnik, pesquisador baseado em Nuremberg, na Alemanha, disse que não conseguia “descrever o nível de excitação”. “Quando vi pela primeira vez o quão rápido ele estava se movendo, fiquei convencido de que já deveria ter sido relatado”, afirmou.
Segundo o comunicado da Nasa, o objeto, apesar do tamanho e velocidade, se destaca por sua baixa massa, o que o torna difícil de classificar como um objeto celeste.
“Poderia ser uma estrela de baixa massa, ou se não fundir hidrogênio de forma constante em seu núcleo, seria considerada uma anã marrom, colocando-a em algum lugar entre um planeta gigante gasoso e uma estrela”, apontou o informe.
De acordo com a Nasa, anãs marrons são objetos que têm um tamanho entre o de um planeta gigante como Júpiter e o de uma estrela pequena. A agência explicou na nota que mais de 4 mil anãs marrons comuns já foram descobertas, mas nenhuma antes havia apresentado o movimento de saída da galáxia.
As propriedades do objeto, que tem muito menos ferro e outros metais do que outras estrelas e anãs marrons, sugere que ele é bastante antigo, “provavelmente de uma das primeiras gerações de estrelas em nossa galáxia”.
A Nasa apontou duas teorias para o fato de o objeto se mover a uma velocidade tão alta. Uma é que ele veio originalmente de um sistema binário com uma anã branca (núcleo estelar deixado para trás depois que uma estrela moribunda esgota seu combustível nuclear), que explodiu como uma supernova quando arrancou muito material da sua companheira.
“A outra possibilidade é que ele veio de um aglomerado de estrelas fortemente unido chamado aglomerado globular, e um encontro casual com um par de buracos negros o fez voar para longe”, descreveu a agência.
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