O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, brandiu documentos da era nazista sobre o extermínio de judeus na ONU nesta quinta-feira, rebatendo com veemência a negação do Holocausto feita pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.
"Ontem, o homem que chamou o Holocausto de mentira falou nesta tribuna," disse Netanyahu à Assembleia Geral. "Aos que se recusaram a vir e aos que saíram em protesto, eu os elogio. Mas aos que deram ouvidos àquele que nega o Holocausto, digo em nome do meu povo, o povo judeu, e das pessoas decentes de toda parte: vocês não têm vergonha? Vocês não têm decência?"
Netanyahu exibiu dois documentos - uma cópia das minutas da Conferência de Wannsee (1942), em que autoridades nazistas planejaram a "solução final" que levou à morte de 6 milhões de judeus, e plantas originais dos campos de extermínio de Auschwitz-Birkenau.
Ele recebeu as plantas, descobertas no ano passado, durante uma visita à Alemanha, em agosto.
"Elas contêm a assinatura de Heinrich Himmler, o próprio adjunto de Hitler. Será que essas plantas do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, onde 1 milhão de judeus foram assassinados (...), também são uma mentira?"
"E os sobreviventes cujos braços ainda trazem os números tatuados marcados neles pelos nazistas? Essas tatuagens são uma mentira também?," perguntou.
Em seu discurso de quarta-feira, Ahmadinejad acusou Israel de "políticas desumanas" nos territórios palestinos, e insinuou que os judeus dominam os assuntos político-econômicos do mundo.
Netanyahu qualificou as declarações do líder iraniano como "uma agressão sistemática à verdade" e o acusou de "cuspir (...) comentários antissemitas."
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