O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou nesta sexta-feira (13) o governo do premiê do Canadá, Justin Trudeau, pelo anúncio de que vai proibir a venda e o envio de armas com componentes canadenses, por parte de outros países, para as forças israelenses utilizarem na guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.
“Infelizmente, à medida que os protestos antissemitas se espalham pelos campi e cidades canadenses, a ministra das Relações Exteriores, Mélanie Joly, anunciou a intenção de impor um embargo de armas a Israel”, publicou a conta do premiê israelense no X. O post foi acessado a partir de uma conexão de fora do Brasil.
Na terça-feira (10), Joly havia anunciado o veto de envio de armas de fabricação canadense para serem utilizadas em Gaza. “Não teremos nenhuma forma de armas ou partes de armas enviadas para Gaza, ponto final”, disse a chanceler do Canadá. “Como elas estão sendo enviadas e de onde estão sendo enviadas, é irrelevante.”
A emissora pública CBC informou que um dos envios de armas que podem ser afetados pelo embargo é uma venda para Israel aprovada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, de 50 mil cartuchos de morteiros com fusíveis fabricados na província canadense de Québec.
No início do ano, o governo de Trudeau já havia parado de aprovar novas autorizações de envio de armas diretamente para Israel, embora tenha permitido que as permissões aprovadas permanecessem em vigor.
“Depois disso, suspendi neste verão [no hemisfério norte] cerca de 30 licenças existentes de empresas canadenses, e estamos fazendo perguntas a essas empresas”, disse Joly.
Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, se disse “decepcionado” ao saber da decisão do governo trabalhista do Reino Unido de suspender 30 das 350 licenças britânicas de exportação de armas para Israel.
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