Neste domingo (5), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, suspendeu o ministro do Patrimônio israelense, Amichai Eliyahu, por sugerir o uso de armas atômicas na guerra contra o grupo terrorista Hamas.
As declarações de que o uso de bomba atômica na Faixa de Gaza era uma opção foram proferidas durante entrevista do ministro para a Rádio Kol Barama, conforme reportado pela agência internacional de notícias Reuters.
O gabinete de Netanyahu emitiu um comunicado no qual informou que o ministro havia sido suspenso de reuniões até um novo aviso. Em seu perfil no X (antigo Twitter) o primeiro-ministro israelense afirmou que as declarações de Eliyahu não são baseadas na realidade.
“Israel e as IDF (Forças de Defesa de Israel) operam de acordo com os mais elevados padrões do direito internacional para evitar ferir inocentes. Continuaremos a fazê-lo até à nossa vitória”, afirmou.
A declaração de Eliyahu rapidamente atraiu críticas no mundo árabe e escandalizou as principais emissoras israelenses.
“Obviamente, essa foi uma declaração questionável e o primeiro-ministro deixou muito claro que ele (Eliyahu) não estava falando em nome do governo”, disse um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA à Reuters.
O ministro, um integrante júnior do gabinete de Netanyahu, não participa do fórum ministerial simplificado que dirige a guerra em Gaza.
Em sua defesa, Eliyahu afirmou nas redes sociais que era claro “para qualquer pessoa sensata que a observação nuclear foi metafórica”.
O ex-general e ministro Benny Gantz, que é parte do gabinete de guerra de Netanyahu, disse que os comentários de Eliyahu foram prejudiciais "e, pior ainda, aumentaram a dor das famílias dos reféns".
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