Os governos de Argentina, Uruguai, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana expressaram nesta segunda-feira (29) preocupação com o desenvolvimento das eleições presidenciais na Venezuela.
Em um comunicado conjunto divulgado neste dia, os nove países exigem uma revisão completa dos resultados eleitorais e pedem uma reunião urgente da Organização dos Estados Americanos (OEA).
A declaração frisa a necessidade da presença de observadores eleitorais independentes para garantir o respeito pela vontade do povo venezuelano, que participou massiva e pacificamente nas eleições.
“A contagem dos votos deve ser transparente e os resultados não devem levantar dúvidas”, afirmou o comunicado.
Dada a situação, os governos destes países anunciaram que solicitarão uma reunião urgente do Conselho Permanente da OEA com o objetivo de emitir uma resolução que salvaguarde a vontade popular, enquadrada na Carta Democrática e nos princípios fundamentais da democracia na região.
Este apelo à OEA visa garantir que os valores democráticos sejam respeitados e que um processo eleitoral justo e transparente seja garantido na Venezuela.
Os países signatários consideram a intervenção da OEA crucial para resolver a situação e manter a estabilidade democrática na região.
A declaração conjunta reflete a crescente preocupação internacional com a situação na Venezuela e a determinação destes governos em tomar medidas concretas para garantir que a vontade do povo venezuelano seja respeitada e que os princípios democráticos prevaleçam.
De acordo com o primeiro e único boletim divulgado até agora pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Nicolás Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos, contra 44,2% obtidos pelo opositor Edmundo González Urrutia.
O presidente do órgão eleitoral, Elvis Amoroso, aliado do ditador, que anunciou os dados mais de seis horas depois do fechamento das urnas, disse que o resultado divulgado corresponde à apuração de 80% dos votos emitidos nas eleições deste domingo, que tiveram uma afluência massiva de eleitores ao longo do dia.
No entanto, a líder antichavista María Corina Machado disse na madrugada desta segunda-feira que o novo presidente eleito da Venezuela é o ex-embaixador Urrutia, do bloco de oposição Plataforma Unitária Democrática (PUD), argumentando que em mais de 40% das atas transmitidas pelo órgão eleitoral obteve 70% dos votos.
Antes de apresentar os resultados, o presidente do CNE relatou que o sistema de transmissão de dados sofreu um ataque, que será investigado, razão pela qual o anúncio do vencedor demorou mais do que o esperado, embora não tenha dado mais detalhes.
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