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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, durante visita nesta quarta-feira (18), em um hospital em Bogotá, a militares feridos no atentado ocorrido em Arauca
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, durante visita nesta quarta-feira (18), em um hospital em Bogotá, a militares feridos no atentado ocorrido em Arauca| Foto: EFE/Presidência da Colômbia

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, disse que um atentado do grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN) contra uma unidade militar na terça-feira (17) “praticamente” encerra “com sangue” o processo de paz iniciado em 2022.

Um ataque com um caminhão-bomba atribuído ao ELN contra uma base militar na localidade de Puerto Jordán, no departamento de Arauca, matou dois soldados e deixou outros 27 feridos.

Em agosto, o grupo guerrilheiro já havia decidido não retomar o cessar-fogo com o Estado colombiano.

“Um caminhão carregado de explosivos que, colocado pelo ELN, com quem estávamos falando de paz, bem, isso é praticamente uma ação que acaba com o processo de paz com sangue”, disse Petro durante um evento em Bogotá na terça-feira, segundo informações da imprensa da Colômbia.

A chamada “paz total” com grupos guerrilheiros era uma das principais bandeiras da administração do presidente esquerdista.

Apesar de vários ciclos de diálogo realizados na Venezuela, no México e em Cuba desde novembro de 2022, o processo de paz do governo da Colômbia com o ELN vinha sendo comprometido por problemas como interrupções de cessar-fogo e a continuidade de ações criminosas da guerrilha, como confrontos com outros grupos armados e o sequestro do pai do jogador de futebol Luis Díaz, do Liverpool, da Inglaterra, durante dez dias, entre o final de outubro e o início de novembro do ano passado.

Negociações com a guerrilha têm ocorrido desde os anos 1990, sempre sem sucesso.

A tentativa anterior mais recente havia começado em 2017 em Quito, ainda durante o governo de Juan Manuel Santos. Já no mandato de Iván Duque e com as conversas transferidas para Havana, dois anos depois as negociações foram interrompidas, devido ao ataque do ELN à Escola de Cadetes em Bogotá que deixou 22 mortos e 68 feridos.

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