O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, convidou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, à Casa Branca na próxima semana, para uma aparente visita de reconciliação.
O chefe de gabinete da Casa Branca, Rahm Emanuel, convidou Netanyahu pessoalmente em Jerusalém nesta quarta-feira, enquanto fazia uma visita familiar a Israel.
"(O presidente Obama) me pediu para convidar-lhe para visitá-lo na Casa Branca para um encontro de trabalho para discutir nossos interesses de segurança comuns e nossa estreita cooperação na busca de paz entre Israel e seus vizinhos", disse Emanuel a Netanyahu.
Comentaristas israelenses consideraram a conversa surpresa como uma tentativa de Obama de conter críticas de líderes judeus norte-americanos e no Congresso sobre o que tem sido visto como uma relação fria de Obama com Netanyahu, após desentendimentos públicos sobre a política de assentamentos israelense.
Obama receberá Netanyahu na terça-feira após o líder israelense finalizar uma visita à França, onde participará de cerimônia de boas-vindas a Israel e o Canadá na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
A última vez que Netanyahu reuniu-se com Obama foi em março, em uma visita pouco alardeada na Casa Branca, que foi considerada em Israel como um desprezo ao seu líder por não ter incluído a tradicional foto concedida a líderes estrangeiros.
No início daquele mês, Israel deixou Washington em uma saia justa e irritou palestinos ao anunciar, durante visita do vice-presidente norte-americano, Joe Biden, um projeto de construção de 1.600 novas casas para judeus em Ramat Shlomo, área da Cisjordânia ocupada que Israel anexou a Jerusalém.
O anúncio do plano de assentamentos que, segundo Netanyahu, levará ao menos dois anos para ser realizado, causou atraso no início de conversas indiretas entre israelenses e palestinos, que começaram com a mediação dos EUA há três semanas.
A imprensa israelense prevê que Obama tentará no encontro da próxima semana reaproximar-se de Netanyahu, garantindo que fotografias serão realizadas e, possivelmente, uma coletiva de imprensa conjunta.
A retomada das negociações de paz após 18 meses foi a principal conquista de Obama no Oriente Médio desde sua posse, em janeiro do ano passado, mas expectativas para um acordo seguem baixas.
Obama afirmou que israelenses e palestinos serão responsabilizados caso algum dos lados tome decisões que minem as chamadas "conversas de aproximação", mediadas pelo seu enviado ao Oriente Médio, George Mitchell.
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