O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já orientou as autoridades de segurança de seu país e de governos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre a sua estratégia para a guerra no Afeganistão, que será tornada pública amanhã à noite, em discurso para a população na academia militar de West Point.
Segundo informações que circulavam nos Estados Unidos nesta segunda-feira, Obama optou por enviar 30 mil soldados adicionais para o Afeganistão, elevando para cerca de 100 mil o total de americanos lutando contra a milícia Taleban e a rede extremista Al-Qaeda em um conflito que dura mais de oito anos.
O presidente deve ainda descrever quais os próximos passos dos EUA. Especula-se que será delineado um processo de retirada, mas sem a definição de um cronograma fixo. Os custos da guerra para os cofres do governo também devem integrar a explicação de Obama
"O comandante-em-chefe já deu as ordens", afirmou Robert Gibbs, porta-voz da Casa Branca. "Obviamente, ele reiterará coisas que todos vocês tiveram a chance de discutir, como os limites nos nossos recursos, tanto em número de homens como orçamentários. O presidente também abordará como esse não será um compromisso por tempo indefinido. O objetivo da estratégia é treinar as forças de segurança afegãs para lutar contra a insurgência."
Obama conversou hoje com integrantes do Congresso e líderes de países aliados, como o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy. A imprensa em Paris e Londres dizia nesta segunda-feira que o presidente pediu contribuições de tropas dos dois países para a missão no Afeganistão.
O anúncio da estratégia encerrará mais de dois meses de análise do presidente sobre qual deve ser o destino do conflito. Desde setembro, o general Stanley McChrystal, comandante das forças americanas no Afeganistão, tem defendido que os EUA precisariam de mais 40 mil soldados para obter sucesso no Afeganistão, em uma estratégia similar à utilizado no Iraque.
Políticos democratas, incluindo o vice-presidente Joe Biden, discordam e argumentam que o ideal seria reduzir o número de militares americanos no país e lançar ações cirúrgicas contra a Al-Qaeda.
Com a nova estratégia, Obama opta por uma saída próxima ao que pedia o general. Durante a sua campanha, o presidente defendia que os EUA deveriam priorizar o conflito no Afeganistão em detrimento ao do Iraque. O Paquistão também deve ser incluído no discurso de Obama.
O governo de Islamabad enfrenta uma grave crise e regiões do país, como o Waziristão do Sul, se transformaram nos novos redutos da Al-Qaeda. Segundo o Washington Post, Obama deve oferecer uma parceria estratégica que incluirá mais cooperação militar e econômica.
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