O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o uruguaio Luis Almagro, disse estar insistindo enormemente ante o governo venezuelano para que permita uma missão de observação das eleições legislativas do próximo dia 6 de dezembro.
Recentemente, em visita à ONU, o presidente Nicolás Maduro disse que a Venezuela não será observada por “ninguém”. Antes da declaração, a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) havia sido convidada para monitorar a votação, mas não está claro se isso acontecerá. O Centro Carter, única organização independente que observava eleições na Venezuela, acaba ade deixar o país.
— O nível de desconfiança entre o governo e a oposição tornam necessário que haja um intermediário reconhecido para validar o processo eleitoral. O nível de insistência da OEA é enorme, descomunal, para que o governo autorize a observação, o que pode garantir de maneira fidedigna o resultado e evitar qualquer conflito posterior — disse Almagro em entrevista à revista “Semana”, da Colômbia.
O secretário-geral disse que o objetivo da OEA é evitar que a próxima eleição “tenha as características pós-eleitorais que tiveram as duas últimas, nas quais muito venezuelanos de ambas as partes morreram”.
A oposição vem insistindo que Maduro aceite a observação da OEA e diz temer que as eleições de dezembro sejam as “mais fraudulentas” da História da Venezuela.
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