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Vacinação contra a Covid-19 em Joanebusrgo: Ministério da Saúde da África do Sul anunciou que o país entrou na quarta onda de contágio
Vacinação contra a Covid-19 em Joanebusrgo: Ministério da Saúde da África do Sul anunciou que o país entrou na quarta onda de contágio| Foto: EFE/EPA/Kim Ludbrook

Um estudo preliminar publicado nesta quinta-feira (2) por cientistas da África do Sul aponta que a ômicron, nova variante do vírus causador da Covid-19, tem pelo menos três vezes mais probabilidade de causar reinfecção do que variantes do coronavírus detectadas anteriormente, como a beta e a delta.

O estudo integra uma série de pesquisas sobre tendências de reinfecção na África do Sul realizada pelos pesquisadores desde janeiro de 2021.

Segundo Juliet Pulliam, diretora do Centro de Excelência Sul-Africano em Modelagem e Análise Epidemiológica, da Universidade de Stellenbosch, os pesquisadores começaram a observar números de reinfecção excedendo os intervalos de projeção na província de Gauteng e nacionalmente a partir de meados de novembro, época em que a ômicron foi detectada.

“As reinfecções recentes ocorreram em indivíduos cujas infecções primárias ocorreram nas três ondas, com a maioria tendo sua infecção primária na onda (da variante) delta. Também observamos um aumento recente no número de reinfecções em indivíduos que já tiveram múltiplas infecções suspeitas em meados de novembro”, explicou Pulliam, numa série de postagens no Twitter.

Segundo a pesquisadora, essas descobertas sugerem que a vantagem de seleção da ômicron é, pelo menos parcialmente, impulsionada por uma maior capacidade de infectar indivíduos previamente infectados.

Pulliam destacou, entretanto, que os autores do estudo não possuem informações sobre status de vacinação das pessoas infectadas na sua base de dados, o que não permite avaliar se a ômicron também consegue suplantar a imunidade derivada de vacinação.

“As próximas etapas incluem quantificar a extensão do escape imunológico da ômicron para imunidade natural e derivada da vacina, bem como sua transmissibilidade em relação a outras variantes”, acrescentou. “Também são necessários dados urgentes sobre a gravidade da doença associada à infecção pela ômicron, incluindo em indivíduos com histórico de infecção anterior.”

O ministro da Saúde da África do Sul, Joseph Phaahla, anunciou nesta sexta-feira (3) que o país entrou na quarta onda de contágio da Covid-19, impulsionada pela variante ômicron. Segundo informações da agência EFE, nas últimas 24 horas o país registrou a notificação de 11.535 casos de infecção pelo patógeno, o que mostra uma escalada ao longo da semana, já que foram 2.273 ao longo da segunda-feira, 4.374 na terça-feira e 8.561 na quarta-feira.

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