O governo da Sérvia estava sob forte pressão para capturar Ratko Mladic, responsável pelo maior massacre na Europa desde a 2ª Guerra Mundial, e entregá-lo ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia. Em junho, um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) seria apresentado ao Conselho de Segurança da entidade indicando a resistência do governo sérvio em colaborar. Não por acaso, o anúncio da prisão de Mladic foi feito pelo presidente sérvio, Boris Tadic, na quinta-feira (26).
A captura de Mladic ocorreu no momento em que a chefe de política externa do bloco europeu, Catherine Ashton, visitava a capital sérvia, Belgrado, com a intenção de pressionar o país a dar o reconhecimento oficial à independência de Kosovo. Ela deixou claro que o acusado deve ser entregue ao TPI imediatamente. "A total cooperação com o TPI continua essencial para o caminho da Sérvia rumo a seu ingresso na UE", afirmou. O presidente sérvio garantiu que a extradição de Mladic para Haia seria realizada em uma semana.
A notícia da prisão foi recebida com a indicação de que as portas da União Europeia (UE) começam finalmente a ser abertas para a Sérvia, onde crescia a opinião de que a proteção dada pelo país a criminosos de guerra estava freando o avanço nacional.
"Este é um momento histórico", disse o chanceler britânico, William Hague. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, insinuou que a captura de Mladic foi uma medida política, "uma decisão muito corajosa da presidência". "É mais um passo para a adesão da Sérvia à UE", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Como a suspensão do X afetou a discussão sobre candidatos e fake news nas eleições municipais
Por que você não vai ganhar dinheiro fazendo apostas esportivas
Apoiadores do Hezbollah tentam invadir Embaixada dos EUA no Iraque após morte de Nasrallah
Morrer vai ficar mais caro? Setor funerário se mobiliza para alterar reforma tributária
Deixe sua opinião