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Tensão nas Américas

Opositor a Maduro critica oferta de Lula para intermediar disputa EUA-Venezuela: “Armadilha para Trump”

Trump e Lula se cumprimentam durante encontro na Malásia, no domingo (26) (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência do Brasil/EFE)

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O opositor venezuelano Alejandro Peña Esclusa, que foi candidato à presidência do seu país em 1998 e preso pelo chavismo entre 2010 e 2011, chamou de “armadilha” a oferta do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para intermediar a disputa entre o ditador Nicolás Maduro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O petista fez a proposta durante a reunião com o mandatário americano na Malásia, no domingo (26), em meio às tensões entre Caracas e Washington devido à operação militar dos EUA contra o narcotráfico no Mar do Caribe, perto da costa da Venezuela.

Peña Esclusa criticou a oferta do presidente brasileiro em artigo com o título “Lula prepara uma armadilha para Donald Trump”, publicado nesta terça-feira (28) pelo site conservador Voz, voltado à comunidade latina dos Estados Unidos.

“Trata-se de uma enganação, uma armadilha grosseira, que busca, mais uma vez, ganhar tempo para favorecer os interesses do narcoditador Nicolás Maduro”, escreveu o opositor.

“Lula não é apenas o fundador do Foro de São Paulo, organização à qual Maduro pertence, mas atualmente seu líder máximo, após as mortes de Fidel Castro e Hugo Chávez”, acusou.

Peña Esclusa também mencionou no artigo a reação de Lula à fraude eleitoral de 2024 na Venezuela, que manteve Maduro no poder, quando o Brasil, junto de Colômbia e México, se ofereceu para mediar o diálogo entre o ditador e a oposição venezuelana.

“Já no ano passado, Lula se ofereceu como ‘mediador’ de Maduro, comportando-se na prática como seu principal aliado. Por ocasião das eleições de 28 de julho de 2024, Lula assumiu – sem que ninguém lhe pedisse – a intermediação entre Maduro e a oposição venezuelana; mas o que o presidente brasileiro fez foi, na realidade, ganhar tempo para que o regime venezuelano pudesse permanecer no poder, reprimindo ferozmente a dissidência”, escreveu o opositor.

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