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Ajuda internacional

Países ampliam doações, mas fome persiste em Porto Príncipe

Crianças tentam arragar um pouco de comida distribuída no centro de Porto Príncipe. Apesar da ajuda milionária, falta de tudo para os sobreviventes da tragédia | Kena Betancur/Reuters
Crianças tentam arragar um pouco de comida distribuída no centro de Porto Príncipe. Apesar da ajuda milionária, falta de tudo para os sobreviventes da tragédia (Foto: Kena Betancur/Reuters)

Países europeus prometeram ontem mais de meio bilhão de dó­­lares em ajuda emergencial e de longo prazo, somado aos pelo me­­nos US$ 100 milhões prometidos anteriormente pelos Estados Uni­­dos e outra quantia equivalente do Banco Mundial.

Além disso, soldados, médicos e trabalhadores de ajuda humanitária continuaram seguindo para o Haiti ontem, enquanto vítimas do terremoto – que, segundo estimativas, matou 200 mil pessoas – continuam a lutar para conseguir um copo d’água ou um bocado de comida.

Mas a ajuda não está chegando a muitas das vítimas do terremoto ocorrido na terça-feira, impedidos por gargalos de transporte, confusão burocrática, temor de ataques contra comboios e o colapso da au­­toridade local.

Os saques se espalharam por mais partes do centro de Porto Príncipe na media em que centenas de jovens e meninos escalam muros e paredes quebrados para chegar às lojas e pegarem o que quer que encontrem. Um item bastante procurado é pasta de dentes, que as pessoas aplicam sob o nariz para tentar afastar o cheiro dos corpos em decomposição.

Num local, jovens brigavam por rum com garrafas quebradas, facões e lâminas e a polícia disparou tiros no ar para dispersar a multidão. "Estou bebendo o mais que posso. Isso dá coragem", disse Jean-Pierre Junior, utilizando um pedaço de madeira com pregos para proteger sua garrafa de rum.

Mesmo assim, o comandante do Exército norte-americano, te­­nente general Ken Keen, disse que a cidade apresenta menos violência do que antes do terremoto. "Há a violência das gangues? Sim. Ha­­via atos de violência realizados pe­­las gangues antes do terremoto? Absolutamente", disse ele.

Enquanto os trabalhadores hu­­manitários tentam abrir caminho e chegar ao Haiti, muitas pessoas tentam sair dele. Centenas de cidadãos norte-americanos, ou pessoas que afirmam sê-lo, mostravam seus documentos ao formarem uma longa fila do lado de fora da Embaixada dos EUA, ontem, na ex­­pectativa de conseguir um voo para fora do país.

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