O Brasil mantém cautela em apoiar uma resolução contra a Síria no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) porque teme que a aprovação abra caminho para a aplicação de sanções econômicas ou mesmo de intervenção militar no futuro, como ocorreu na Líbia. Na avaliação do Itamaraty, isso agravaria a crise entre Bashar Assad e os opositores, aumentando a instabilidade no Oriente Médio.
A ação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) contra Muamar Kadafi, segundo a reportagem apurou, vem sendo considerada um fracasso por alguns membros do conselho, como o Brasil, a Rússia e a China. Esses países avaliam que a intervenção inviabilizou uma solução política para o conflito e o mesmo poderia ocorrer em relação a Assad.
China e Rússia têm interesses econômicos e geopolíticos na Síria. O Brasil, por seu lado, teme que a imposição de uma resolução - ainda que não traga condenações econômicas - abra caminho para uma intervenção.
Existem três tipos de resolução que podem ser adotadas, previstas no Capítulo 7 da Carta da ONU. Na primeira, descrita no Artigo 40, estão as que condenam um país, mas sem a aplicação de sanções econômicas ou militares. A segunda, prevista no Artigo 41, trata de sanções econômicas. Já as punições com base no Artigo 42 autorizam o uso da força. Foi o caso da Resolução 1.973, que autorizou a intervenção contra Trípoli.
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