Cyril Ramaphosa foi reeleito presidente da África do Sul pelo Parlamento após seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC), formar uma coalizão de última hora com a Aliança Democrática (AD), seu principal rival, e outros partidos.
A eleição, realizada na sexta-feira (14), marcou o fim de 30 anos de maioria parlamentar do ANC, que perdeu sua posição dominante na Assembleia Nacional, o Parlamento sul-africano, nas eleições de maio.
A vitória de Ramaphosa para o seu segundo e último mandato foi assegurada com o apoio de legisladores da AD e de outros partidos menores, como o conservador Partido da Liberdade Inkatha e a Aliança Patriótica, que também farão parte do governo.
O acordo entre o CNA e a AD foi firmado durante a sessão parlamentar e poucas horas antes da votação presidencial, garantindo a continuidade de Ramaphosa no comando da economia mais industrializada da África, que enfrenta neste momento problemas como o aumento da criminalidade e do desemprego.
A nova coalizão governará a África do Sul em um cenário inédito onde nenhum partido possui maioria absoluta. Pelo acordo firmado, o AD deverá ficar com a vice-presidência da Assembleia Nacional.
“Hoje marca o início de uma nova era em que colocamos nossas diferenças de lado e nos unimos para a melhoria de todos os sul-africanos”, declarou Sihle Zikalala, membro da direção do ANC, mais cedo ao anunciar o acordo do partido com o opositor AD.
Ramaphosa venceu a eleição desta sexta contra Julius Malema, o líder do Combatentes pela Liberdade Econômica (EFF), da extrema-esquerda marxista, que também se apresentou como candidato ao Executivo perante o Parlamento.
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