O Tribunal Distrital de Zamoskvoretsky, de Moscou, capital da Rússia, condenou nesta segunda-feira (14) o pesquisador francês Laurent Vinatier, de 48 anos, a três anos de prisão por não ter se registrado como agente estrangeiro.
Segundo informações da agência France-Presse, Vinatier trabalha para a ONG suíça Centro de Diálogo Humanitário, que se dedica à mediação e resolução de conflitos armados por meio da diplomacia.
O pesquisador trabalha como consultor na organização. Ele não foi acusado de espionagem, mas a promotoria disse que ele coletou informações sobre o Exército russo sem se registrar como agente estrangeiro, o que pode acarretar uma pena de até cinco anos de prisão.
Vinatier disse que não sabia da exigência e sua defesa alegou que, por ser réu primário e ter admitido culpa, o pesquisador francês deveria apenas ser multado. Porém, foi condenado a três anos e três meses de prisão, a serem cumpridos numa colônia penal.
Quando o pesquisador foi preso em junho, o presidente da França, Emmanuel Macron, declarou que o pesquisador não trabalhava para o governo. Ele pediu a libertação de Vinatier e disse que as acusações russas eram propaganda e “não correspondem à realidade”.
A Rússia exige o registro de determinadas pessoas e organizações como agentes estrangeiros, rótulo que costuma utilizar para perseguir grupos da sociedade civil e a imprensa que contestam ações do governo do ditador Vladimir Putin.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião