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Irregularidades em campanha

Petro acusa TSE da Colômbia de criar “armadilha” para derrubar seu governo

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, foi sancionado por financiamento irregular em sua campanha de 2022 (Foto: EFE/ Mauricio Dueñas Castañeda/ Arquivo)

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou nesta sexta-feira (28) que a sanção administrativa imposta pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no Brasil, à sua campanha presidencial de 2022 por financiamento irregular e excesso de gastos é uma "armadilha" criada por "máfias" em busca do poder.

Concluindo uma investigação de dois anos, o CNE declarou na quinta-feira que a campanha presidencial de Petro ultrapassou os limites de gastos de campanha no primeiro e segundo turnos em mais de 3,5 bilhões de pesos (aproximadamente US$ 940 mil hoje) e recebeu contribuições proibidas, conclusão que o presidente rejeita.

"Conduzi uma campanha transparente e honesta, sem trapaças. Agora, a oligarquia e as máfias estão usando truques para tentar retomar o poder", declarou Petro em sua conta no X.

O CNE aplicou multas ao coordenador da campanha de Petro e atual presidente da estatal petrolífera Ecopetrol, Ricardo Roa, bem como aos partidos políticos Colômbia Humana e União Patriótica (UP).

Roa, juntamente com a auditora María Lucy Soto e a tesoureira Lucy Aydée Mogollón, terão que pagar conjuntamente uma multa superior a 5,9 bilhões de pesos (aproximadamente US$ 1,5 milhão).

Enquanto isso, o partido Colômbia Humana, de Petro, e a União Patriótica (UP) foram sancionados individualmente com multas equivalentes a 583 milhões de pesos (aproximadamente US$ 155 mil).

O Colômbia Humana foi sancionado "por permitir a entrada de contribuições de campanha de fontes proibidas", e a UP "por não auditar adequadamente o cumprimento do processo de prestação de contas, deixando de verificar diligentemente e cuidadosamente o volume, a origem e o destino dos recursos administrados nas campanhas presidenciais".

Segundo o presidente, o CNE sancionou sua campanha "para impedir que o maior movimento político da Colômbia receba personalidade jurídica", referindo-se ao Colômbia Humana, cujo reconhecimento legal ainda não foi aprovado por esse órgão.

Após negar que sua campanha tenha ultrapassado os limites legais de gastos e reiterar sua declaração de quinta-feira de que "o único aspecto positivo desta investigação é que a própria oposição não conseguiu encontrar uma única contribuição que pudesse ser considerada relacionada ao narcotráfico ou ilegal", Petro insistiu em sua ideia de convocar uma Assembleia Constituinte para reformar a Constituição.

"O povo decidirá se retorna ao governo paramilitar ou se avança para uma Colômbia livre de máfias e injustiças. A campanha para a Assembleia Nacional Constituinte está em andamento e precisa da sua assinatura e da maioria no Congresso", afirmou Petro.

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