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O presidente colombiano, Gustavo Petro, disse que a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês) está por trás das denúncias de envolvimento de integrantes do seu governo com dissidências das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
As denúncias foram divulgadas pelo telejornal Noticias Caracol, que apontou supostas conexões do diretor de inteligência Wilmar Mejía, do general reformado Juan Miguel Huertas, atual chefe do Comando de Pessoal do Exército, e da vice-presidente Francia Márquez com grupos que não aderiram ao acordo de paz das Farc com o governo colombiano, em 2016, e que estão envolvidos com o narcotráfico.
“A fonte do jornalista é a CIA, que tem o hábito de usar redes para influenciar a opinião pública de acordo com os interesses do seu governo em todo o mundo. É uma forma de demonstrar poder estrangeiro dentro dos países”, escreveu Petro no X.
“Hoje, a CIA tem motivos para atacar o meu governo, desacreditando-o; as ordens vêm do seu governo”, acrescentou o presidente esquerdista, que recentemente foi alvo de sanções econômicas dos Estados Unidos e teve seu passaporte americano revogado pela gestão Donald Trump.
“Não quis expulsá-la [a CIA] do país, na esperança de que o governo Trump reaja e perceba que os relatórios que recebe vêm do mesmo narcotráfico que busca que as relações [entre Bogotá e Washington] sejam rompidas”, argumentou Petro.
O governo dos EUA ainda não se pronunciou sobre as acusações do presidente colombiano.







