O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, disse nesta terça-feira (27) que “ao menos” seu governo não “prejudica os direitos humanos do povo” como o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, que na segunda-feira o acusou de defender os interesses dos Estados Unidos na América Latina por não reconhecer os resultados das eleições na Venezuela.
“Ele nos chamou [o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Petro] de bajuladores, só porque queremos uma solução pacífica e democrática negociada na Venezuela”, escreveu o presidente colombiano no X.
Ortega disse em reunião virtual com chefes de Estado da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) que ele vê Petro “competindo com Lula para ver quem será o líder que representará os ianques na América Latina”.
“É assim que eu vejo Petro, mas o pobre Petro não tem a força que o Brasil logicamente tem”, acrescentou o líder sandinista, que criticou Lula e Petro por não reconhecerem a reeleição de seu aliado, o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, nas eleições de 28 de julho.
Lula e Petro reiteraram no sábado a necessidade de divulgar as atas eleitorais “discriminadas por seção eleitoral”, após o endosso do Supremo venezuelano à vitória de Maduro.
“Ambos continuam convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral só pode ser restaurada por meio da publicação transparente de dados desagregados e verificáveis”, apontou declaração conjunta dos dois países.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião