A Polônia planeja suspender temporariamente os direitos de asilo no país, com o objetivo de frear o que considera como um constante movimento de “migração irregular” em sua fronteira com Belarus. A medida foi anunciada neste sábado (12) pelo primeiro-ministro Donald Tusk, em meio à crise diplomática com o regime do ditador Alexander Lukashenko.
O governo polonês acusa Belarus, assim como o ditador russo Vladimir Putin e contrabandistas de pessoas, de facilitar o movimento de migrantes irregulares por meio da fronteira comum entre os dois países, facilitando assim o acesso aos países da União Europeia. "Um dos elementos da estratégia de migração será a suspensão territorial temporária do direito de asilo", afirmou o primeiro-ministro polonês, durante congresso do grupo político “Coalização Cívica” (KO), maior representante do governo de coalização da Polônia. "Eu vou exigir isso, vou exigir reconhecimento na Europa por esta decisão", reiterou o político.
Desde que assumiu o cargo no ano passado, Tusk tem buscado pressionar as políticas de migração e imigração no país. Por outro lado, grupos que auxiliam refugiados na fronteira Polônia/Belarus acreditam que a suspensão dos asilos fere a constituição polonesa e forçaria os migrantes a buscar auxílio de contrabandistas.
Segundo informações divulgadas pela Reuters, o problema da migração irregular tem sido recorrente desde 2021 na fronteira entre os dois países. Milhares de requerentes de asilo, oriundos de países como Síria, Afeganistão e do Iraque, têm tentado entrar na Polônia por meio de Belarus.
Ambos os governos ditatoriais de Rússia e Belarus, aliados políticos, negam envolvimento na questão.
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