O governo de Portugal não reconhece a “reeleição” do ditador Nicolas Maduro na Venezuela, uma vez que as atas eleitorais não foram divulgadas pelo chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE), e pede o fim da perseguição contra a oposição política, segundo disse nesta quarta-feira (25) em entrevista o ministro das Relações Exteriores português, Paulo Rangel.
Rangel falou à emissora de rádio colombiana W Radio durante sua visita a Nova York, nos EUA, onde está para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas.
O chanceler de Portugal disse que a posição do país está “muito próxima” da posição da União Europeia (UE) e, como o tempo está passando e os resultados eleitorais não são conhecidos, os quais, lembrou, já deveriam ter sido divulgados, seu país não os reconhece.
Rangel afirmou que é importante que as atas fossem divulgadas, pois sem elas “esse resultado não pode ser reconhecido”, e expressou sua preocupação com a situação na Venezuela.
“É necessário acabar com toda a perseguição à oposição, estamos muito preocupados com a situação das liberdades e muito solidários com os países que têm cidadãos que foram detidos neste período pós-eleitoral”, comentou.
O ministro explicou que Portugal está em contato com “países amigos”, como Espanha, Itália, Holanda, Brasil e Colômbia, “para encontrar uma solução que possa oferecer transparência democrática e proporcionar uma saída para a situação política”.
A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho e o regime chavista proclamou a vitória de Maduro, mas a oposição afirma que o vencedor foi seu candidato, Edmundo González Urrutia, que está refugiado na Espanha desde 8 de setembro depois de pedir asilo político após ser alvo de perseguição e ameaças.
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