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A presidente da região de Madri, Isabel Díaz Ayuso, segura uma bandeira da Venezuela durante manifestação na capital espanhola em 17 de agosto, contra a fraude eleitoral no país sul-americano
A presidente da região de Madri, Isabel Díaz Ayuso, segura uma bandeira da Venezuela durante manifestação na capital espanhola em 17 de agosto, contra a fraude eleitoral no país sul-americano| Foto: EFE/Fernando Alvarado

A presidente da região de Madri, Isabel Díaz Ayuso, pediu nesta segunda-feira (2) ao governo da Espanha para que receba o ex-candidato da oposição na Venezuela, Edmundo González, na embaixada do país europeu em Caracas para lhe conceder asilo.

“A Espanha hoje deveria abrir as portas da embaixada para dar proteção a este homem, porque vão matá-lo ou prendê-lo e não vão libertá-lo. E [já] estão fazendo isso com os familiares e o entorno dos vencedores das eleições, que não são a oposição, é o governo eleito pelo povo da Venezuela”, disse Díaz Ayuso em entrevista à rede de televisão Antena 3.

González foi intimado três vezes pela Procuradoria-Geral da Venezuela, controlada pelo chavismo, para que prestasse depoimento numa investigação que apura responsabilidades por um site oposicionista em que foram disponibilizadas cópias das atas de votação da eleição presidencial de 28 de julho.

Tais documentos comprovam que González venceu o pleito, ao contrário do resultado oficial do chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ratificado pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), também controlado pelo regime do ditador Nicolás Maduro.

González não compareceu à terceira intimação para depor na sexta-feira (30) e o procurador chavista Tarek William Saab havia adiantado que deveria pedir a prisão dele caso ele não aparecesse.

A presidente da região de Madri é do conservador Partido Popular (PP), de oposição ao Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), do presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez.

Díaz Ayuso disse que qualquer país democrático deve, “neste preciso momento, dar abrigo a este homem que está sendo perseguido” e pediu ao governo Sánchez para não “olhar para o outro lado”.

Ela também afirmou que “já acabou o momento” de pedir as atas da eleição de 28 de julho, posição que a gestão do PSOE vem adotando. Os documentos até agora não foram publicados pelo CNE e pelo TSJ.

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