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O Irã mantém a possibilidade de desenvolver armas nucleares, mas não está claro se há uma "vontade política" para isso, disse nesta terça-feira o diretor de inteligência nacional dos Estados Unidos, Dennis Blair, em depoimento por escrito ao Congresso de seu país.

De acordo com ele, os avanços iranianos no enriquecimento de urânio e em outras áreas corroboram avaliações de um documento oficial dos EUA em 2007, segundo o qual o Irã terá "dentro de poucos anos, caso assim escolha" a "capacidade técnica" para produzir urânio altamente enriquecido em quantidade suficiente para uma bomba atômica.

"O avanço técnico do Irã, particularmente no enriquecimento de urânio, fortalece nossa avaliação da Estimativa de Segurança Nacional de 2007 de que o Irã tem capacidade científica, técnica e industrial para eventualmente produzir armas nucleares, fazendo com que a questão central seja sua vontade política de fazê-lo", disse Blair.

"Continuamos a avaliar que o Irã está mantendo aberta a opção de desenvolver armas nucleares, em parte pelo desenvolvimento de várias capacidades nucleares que o deixam mais próximo de ser capaz de produzir tais armas, caso decida fazê-lo. Não sabemos, porém, se o Irã irá afinal se decidir por construir armas nucleares."

Blair citou informações divulgadas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU) segundo as quais o número de centrífugas de enriquecimento instaladas na usina iraniana de Natanz passou de 3.000 no fim de 2007 para mais de 8.000.

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