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Protestos na Grécia ficam violentos; UE alerta sobre default

Policial se defende perto das chamas de um caminhão durante os protestos na Praça Syntagma, em Atenas | Reuters
Policial se defende perto das chamas de um caminhão durante os protestos na Praça Syntagma, em Atenas (Foto: Reuters)

Os protestos contra a austeridade tornaram-se violentos em Atenas na terça-feira, ao mesmo tempo em que a União Europeia advertiu os parlamentares gregos de que o país está diante de um default imediato a menos que eles apóiem um plano econômico impopular esta semana.

Jovens lançaram pedras e paus e atearam fogo a latas de lixo e em um caminhão de telecomunicação diante do Parlamento. A polícia antichoque disparou gás lacrimogêneo para dispersá-los. Os sindicatos iniciaram uma greve de 48 horas contra as medidas impostas pelo FMI e pela UE.

Enquanto isso, havia relatos de progresso nas conversações para convencer os bancos e seguradores europeus para voluntariamente rolar a dívida grega dentro de um segundo pacote de resgate programado a dar ao país da zona do euro um respiro.

A confiança cada vez maior do mercado de que o Parlamento grego aprovará o pacote de austeridade e de que um plano francês para rolar as obrigações soberanas gregas ajudará evitar um calote fez subir as ações globais e o euro, apesar do caos em Atenas.

A principal autoridade econômica da UE, Olli Rehn, ressaltou que qualquer outra assistência para o país endividado dependia de o Parlamento adotar o programa de corte nos gastos, aumento de impostos e privatizações em votações cruciais na quarta e na quinta-feira.

"A única forma de evitar um default imediato é o Parlamento endossar o programa econômico revisto... Ele precisa ser aprovado para a próxima parcela de assistência financeira ser liberada", disse ele em um comunicado.

"Aos que especulam sobre outras opções, deixe-me dizer claramente: não há nenhum Plano B para evitar o default", afirmou Rehn, desmentindo notícias de que Bruxelas trabalhava num plano alternativo para manter a Grécia à tona.

A alternativa dura foi salientada pelo presidente do Banco da Inglaterra, Mervyn King, que disse a parlamentares britânicos que os políticos trabalhavam em formas de limitar o dano de um possível calote da dívida de 340 bilhões de euros da Grécia.

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