O ditador russo, Vladimir Putin, anunciou nesta quinta-feira (9) que Belarus participará da segunda fase das atuais manobras nucleares táticas perto da Ucrânia, que ele ordenou em resposta às provocações e ameaças do Ocidente.
“Dado que armas nucleares não estratégicas estão instaladas em território bielorrusso, propusemos desta vez aos nossos amigos e aliados (...) participar de uma das fases desses exercícios”, disse Putin, segundo a agência de notícias RIA Novosti.
O chefe do Executivo russo afirmou que as forças de Belarus, que receberam armas nucleares táticas de Moscou após a deflagração da guerra na Ucrânia, participariam da terceira fase dos exercícios. “As ordens relevantes já foram emitidas para o Ministério da Defesa e o Estado-Maior”, declarou Putin.
Na terça-feira (7), as Forças Armadas de Belarus iniciaram uma inspeção surpresa das forças nucleares táticas por ordem do ditador Alexander Lukashenko.
O ministro da Defesa de Belarus, Viktor Khrenin, disse que os exercícios analisariam a prontidão de combate de uma divisão de sistemas de mísseis táticos Iskander e de um esquadrão de aeronaves Su-25 capazes de transportar armas nucleares táticas. “A inspeção tem um caráter exclusivamente defensivo”, disse Lukashenko.
Putin ordenou na segunda-feira (6) os exercícios com mísseis no Distrito Militar do Sul, que inclui as quatro regiões ucranianas anexadas por Moscou em 2022.
Os militares russos pretendem “garantir incondicionalmente a integridade territorial e a soberania do Estado russo em resposta às declarações provocativas e ameaças feitas por certos líderes ocidentais contra a Federação Russa”, declarou em comunicado o Ministério da Defesa.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse em entrevista coletiva na segunda que os exercícios são uma resposta às declarações do presidente da França, Emmanuel Macron, e de autoridades britânicas de alto escalão.
“Eles falaram sobre a prontidão e até mesmo a intenção de enviar contingentes militares para a Ucrânia, ou seja, colocar soldados da Otan contra os militares russos. Essa é uma nova espiral de tensão crescente. É algo sem precedentes e requer atenção especial e medidas especiais", afirmou.
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