A Coreia do Norte ameaçou hoje fechar uma passagem fronteiriça e abrir fogo contra alto-falantes se a Coreia do Sul manter sua promessa de fazer propaganda ao longo da tensa fronteira entre os dois países. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, voou para Seul para mostrar o "sólido" apoio de Washington a seu aliado, em um cenário de tensões crescentes na península coreana. A Coreia do Sul culpa Pyongyang pelo naufrágio de um navio em março. Os norte-coreanos negam e ameaçaram começar uma guerra.
A conclusão sobre o naufrágio é de uma comissão internacional. Investigadores afirmam que há muitas provas de que um submarino norte-coreano é o culpado pelo naufrágio, que deixou 46 marinheiros mortos. Na segunda-feira, a Coreia do Sul anunciou um pacote com represálias, incluindo o congelamento da maior parte do comércio bilateral e a retomada de transmissões com propaganda contra o regime de Pyongyang, suspensas há seis anos.
Além disso, Seul atua diplomaticamente para punir o vizinho no Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU). A China, que é membro permanente do CS e tem poder de veto reluta em apoiar punições a seu aliado da península.
A Coreia do Norte afirma que Seul fraudou provas de seu envolvimento no naufrágio e ameaçou iniciar uma "guerra" caso haja punições. O regime anunciou ontem que estava rompendo seus laços com o vizinho por causa da "campanha difamatória", além de banir embarcações sul-coreanas de suas águas territoriais e aeronaves do país vizinho de seu espaço aéreo. O governo afirmou que as relações permanecerão rompidas enquanto o presidente conservador Lee Myung-bak estiver no poder em Seul.
Guerra psicológica
A decisão sul-coreana de realizar uma "guerra psicológica" parece ter enfurecido particularmente os vizinhos. Seul instalou alto-falantes na fronteira e começou a transmitir rádios FM para o Norte. Além disso, pretende distribuir folhetos com propaganda do outro lado da fronteira. Pyongyang também ameaçou proibir a entrada de sul-coreanos no projeto industrial conjunto de Kaesong, na parte norte-coreana da fronteira. Com isso, na prática, esse complexo industrial seria fechado.
Hillary advertiu Pyongyang para que pare com "suas provocações e a política de ameaças e beligerância" contra Seul. A secretária de Estado apoiou a ação sul-coreana contra a Coreia do Norte no Conselho de Segurança da ONU. "Esta foi uma provocação inaceitável da Coreia do Norte e a comunidade internacional tem a responsabilidade e o dever de responder", disse ela, em entrevista coletiva realizada hoje.
Washington tem 28.500 soldados na Coreia do Sul. O Pentágono está planejando realizar exercícios navais, incluindo alguns para evitar ataques de submarinos, em conjunto com a Coreia do Sul. As informações são da Dow Jones.
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