Em Cuba, 39% dos aposentados e pensionistas estão recebendo atualmente uma quantia mínima de 1.528 pesos por mês, equivalente a cerca de US$ 4,7 dólares no mercado informal. A informação foi divulgada por Virginia Marlene García Reyes, diretora-geral de Segurança Social do Ministério do Trabalho do regime comunista, em entrevista ao site estatal Cubadebate.
Conforme informações do site independente Cubanet, García Reyes disse que a maioria dos beneficiários cubanos tem seus valores calculados com base no tempo de serviço e nos salários recebidos durante a vida de trabalho. Ela reconheceu as dificuldades na ilha, mas garantiu que esforços estão sendo feitos para promover mudanças.
“Estamos trabalhando para que essa situação melhore, embora as circunstâncias atuais não permitam mudanças imediatas”, declarou.
Atualmente, em Cuba, existem dois tipos de taxas de câmbio: a oficial e a do mercado informal (ou paralelo). A taxa oficial do regime cubano fixa 1 dólar como equivalente a 120 pesos cubanos, o que faria 1.528 pesos valerem aproximadamente 12,7 dólares.
No entanto, a taxa mais usada pela população no dia a dia é a do mercado informal, onde o dólar é mais valorizado. Nesse câmbio paralelo, 1 dólar está valendo aproximadamente 325 pesos.
A realidade econômica da ilha foi descrita como “complexa” pela funcionária do regime de Havana, que atribuiu grande parte dos problemas, como sempre, ao embargo dos Estados Unidos. O regime de Miguel Díaz-Canel não assume suas falhas pela atual falta de recursos básicos na ilha, como alimentos e medicamentos, que impacta diariamente a vida dos aposentados. Segundo disseram cubanos ao Cubanet, a aposentadoria paga pelo regime comunista atualmente não serve nem sequer para adquirir uma dúzia de ovos.
"Minha mãe, que trabalhou a vida toda e participou da Revolução [Comunista], hoje recebe apenas 1.528 pesos. Não dá pena?", relatou um aposentado ao Cubanet.
Em julho, dados da ONG Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH) indicaram que a extrema pobreza atingiu 89% da população cubana em 2024. Em um relatório, a ONG apontou que 72% dos cubanos consideram a crise alimentar como o principal problema social do país.
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