- UE aumenta controle sobre alimento importado do Japão
- Japão terá de rever política nuclear, diz porta-voz do governo
- Japão detecta radioatividade a 30 quilômetros da costa, diz AIEA
- Navios evitam porto de Tóquio com receio de radiação
- Canadá restringe entrada de alimentos vindos do Japão
- Dois operários de Fukushima são internados por radiação
- Tóquio proíbe água de torneira a crianças
- Partículas de vapor atingem norte europeu
- "É pouco provável que nuvem radioativa chegue ao Brasil"
Tóquio - Dois dos funcionários que tentam controlar a temperatura dos reatores da central nuclear de Fukushima foram hospitalizados ontem depois de serem expostos à radiação. Também ontem, autoridades japonesas afirmaram que o nível de contaminação da água de Tóquio já é seguro para o consumo de crianças. Mas em duas regiões próximas à capital a radioatividade na água encanada ainda coloca em risco a saúde de bebês.
Mais de dez dos cerca de 300 funcionários que trabalham atualmente em Fukushima já ficaram feridos na tentativa de evitar o derretimento das hastes radioativas. Ontem, os técnicos que se contaminaram tentavam restabelecer a energia no reator 3, mas suas botas foram cobertas pela água usada para resfriar o equipamento.
Segundo a Tokyo Eletric Power (Tepco), operadora do complexo nuclear de Fukushima, eles teriam sofrido "queimaduras de raio beta". Os níveis de contaminação encontrados nos técnicos estão entre 170.000 e 180.000 microsieverts o máximo tolerado é de 250.000 microsieverts.
Resfriamento
Enquanto isso, a Tepco informou que pretende religar hoje o sistema de resfriamento do reator número 3 para esfriar o núcleo. Até que o sistema volte a funcionar, a Tepco pretende continuar as operações de bombeamento de água do mar para o reator e para a piscina de estocagem de combustível utilizado. O fornecimento de energia foi restaurado na sala de controle do reator 1 na manhã de ontem, o segundo a voltar a funcionar após o restabelecimento dos trabalhos no centro de controle do reator 3.
Os esforços para fazer o sistema de resfriamento voltar a funcionar nos seis reatores do complexo têm enfrentado contratempos. Na quarta-feira, o reator 5 sofreu problemas no sistema de bombeamento, mas a Tepco substituiu a bomba e as operações de resfriamento foram retomadas na tarde de ontem.
