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Crise na Ucrânia

Rebeldes pró-russos se entrincheiram em Donetsk

Milicianos se retiraram de Slaviansk, rendida às forças de Kiev após mais de dois meses de sangrentos combates

Tanque das forças da Ucrânia tomam as ruas de Slaviansk, cidade que estava nas mãos de separatistas | EFE/EPA/STR
Tanque das forças da Ucrânia tomam as ruas de Slaviansk, cidade que estava nas mãos de separatistas (Foto: EFE/EPA/STR)

As milícias pró-russas deixaram esta madrugada as últimas cidades na área de Slaviansk, rendida este sábado, e transferiram todas suas forças para a área de Donetsk, capital da região homônima com um milhão de habitantes, onde querem atacar as forças ucranianas.

O chefe das milícias de Slaviansk, Igor Strelkov, reconheceu em entrevista meios de imprensa russos que a defesa das cidades no entorno de Slaviansk "não faz sentido (...) porque acabaria em outro cerco" como já aconteceu com a qual foi até ontem um símbolo da sublevação pró-russa contra Kiev.

Strelkov, identificado em Kiev como o oficial da inteligência militar russa Igor Guirkin, anunciou que seus homens se dispõem a preparar a "defesa ativa" de Donetsk, "muito mais cômodo de defender que a pequena Slaviansk".

A retirada dos separatistas rumo à capital da região foi confirmado pelo chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia, Valentin Nalivaichenko, que acusou os insurgentes de querer "provocar o caos nos lugares de grande população (...) a fim de destruir o Estado, semear o pânico e debilitar a Ucrânia".

"Os terroristas deixaram as duas últimas cidades antes de Donetsk: Druzhkovka e Konstantinovka", escreveu por sua vez em seu Facebook o comandante do batalhão de voluntários ucranianos "Donbass", Semyon Semchenko.

Após a rendição de Slaviansk, grandes colunas de milicianos foram vistas ontem nas cidades de Gorlovka e Yenakievo, porta de acesso à capital da região, a cerca de 30 quilômetros ao norte desta, pela estrada que a une à área de Slaviansk.

Strelkov deu alguns detalhes da retirada de seus milicianos de Slaviansk, rendida às forças de Kiev após mais de dois meses de sangrentos combates.

O chefe dos insurgentes explicou que pelo menos 80% de seus homens e 90% de seus blindados, veículos e armamento conseguiram romper o cerco dos militares ucranianos e sair da cidade graças a uma manobra de distração de um grupo de milicianos.

A maioria dos rebeldes que atacou as posições das forças ucranianas para permitir que o grosso das milícias abandonasse Slaviansk morreu, reconheceu Strelkov.

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