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O governo do Reino Unido acusou nesta quinta-feira (4) o ditador russo, Vladimir Putin, de ter ordenado a operação da inteligência militar russa (GRU) que, em 2018, resultou tanto no envenenamento do ex-agente Sergei Skripal e de sua filha Yulia em Salisbury quanto na morte da britânica Dawn Sturgess, que entrou em contato posterior com o mesmo agente químico. Segundo o relatório final do chamado Dawn Sturgess Inquiry, divulgado nesta quinta, o Novichok utilizado nos dois episódios foi desenvolvido e mantido pela Rússia em violação à Convenção de Armas Químicas.
De acordo com o comunicado oficial de Downing Street, por causa deste caso, o Reino Unido sancionará a GRU “em sua totalidade” e mais 11 indivíduos ligados a operações consideradas hostis. As conclusões da investigação afirmam que Putin autorizou pessoalmente a missão que espalhou o agente nervoso em território britânico, operação que inicialmente tinha como alvo os Skripal e que posteriormente levou Sturgess à morte após ela manusear um frasco contaminado.
O primeiro-ministro Keir Starmer afirmou, conforme a nota do governo, que “a morte de Dawn Sturgess é um lembrete da agressão imprudente do Kremlin”. Segundo ele, o Reino Unido continuará pressionando a Rússia, adotando sanções e reforçando a cooperação com aliados europeus. “O país sempre enfrentará o regime brutal de Putin e chamará sua máquina assassina pelo que ela é”, disse Starmer.
A ministra das Relações Exteriores, Yvette Cooper, declarou que o relatório confirma que “decisões deliberadas e hediondas” do Kremlin colocaram cidadãos britânicos em risco. Cooper também informou que o embaixador russo foi convocado ao Ministério das Relações Exteriores para responder às conclusões da investigação e às novas sanções impostas contra Moscou.







