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Cartaz do serviço público de saúde do Reino Unido recomenda vacinação com dose de reforço para Covid-19 e vacina para gripe, Londres, 1 de dezembro.  O Reino Unido autorizou um novo tratamento para a infecção por coronavírus
Cartaz do serviço público de saúde do Reino Unido recomenda vacinação com dose de reforço para Covid-19 e vacina para gripe, Londres, 1 de dezembro. O Reino Unido autorizou um novo tratamento para a infecção por coronavírus| Foto: EFE/EPA/ANDY RAIN

A agência regulatória de medicamentos do Reino Unido (MHRA, na sigla em inglês) aprovou nesta quinta-feira um novo tratamento contra Covid-19 que pode reduzir o risco de internação e morte pela doença em até 79%, segundo ensaios clínicos.

O sotrovimab, ou Xevudy, é um medicamento a base de anticorpos monoclonais produzido pela GlaxoSmithKline (GSK) e a Vir Biotechnology, usado para tratar pacientes com Covid-19 leve a moderada e que tenham maior risco de desenvolver doença grave, incluindo pessoas com 60 anos ou mais, diabéticos, portadores de doenças cardíacas e obesos.

As farmacêuticas anunciaram que dados pré-clínicos mostraram que o medicamento "retém atividade contra mutações chaves da nova variante ômicron do Sars-CoV-2".

O sotrovimab é administrado por via intravenosa durante 30 minutos, e foi aprovado para pessoas com 12 anos ou mais. Na fase três dos estudos clínicos, usado nos primeiros cinco dias do surgimento dos sintomas, o medicamento reduziu a taxa de hospitalização e morte entre uma população pacientes de alto risco de 6% para 1%, com uma redução proporcional de 79%, principalmente gerada pela redução da necessidade de internação. Houve poucas mortes no estudo: duas no grupo placebo e uma no grupo do medicamento.

A droga funciona ao se ligar à proteína spike do coronavírus. Isso evita que o vírus entre nas células humanas para se replicar no organismo.

"O produto foi desenhado para se ligar a uma porção altamente conservada da proteína spike, o que o torna menos suscetível a mutações", explica a médica farmacêutica Penny Ward, pesquisadora do King's College Londres.

"Informações iniciais demonstram ampla atividade contra a maioria das variantes. Como algumas dessas compartilham algumas (mas não todas) mutações vistas na variante ômicron, é razoável prever que ele deve reter o efeito antiviral também contra essa cepa", disse Ward ao Science Media Centre, ressaltando que isso ainda precisa ser demonstrado com testes in vitro.

O governo do Reino Unido encomendou 100 mil doses do medicamento. Esse é o segundo tratamento de anticorpo monoclonal aprovado pela MHRA, depois do Ronapreve.

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