O governador da Flórida, Ron DeSantis, não irá mais tentar concorrer à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano. Em anúncio feito na rede X, ele disse que desistiu das primárias do partido e que irá apoiar o ex-presidente Donald Trump.
"Se existisse qualquer coisa que eu pudesse fazer para produzir um resultado favorável, mais paradas de campanha, mais entrevistas, eu faria. Mas não posso pedir a nossos apoiadores a oferecerem seu tempo e doarem seus recursos se não temos um caminho claro para a vitória. Dessa forma, estou hoje suspendendo minha campanha", disse DeSantis em um vídeo.
A desistência acontece às vésperas da segunda etapa das primárias republicanas em New Hampshire, que acontece na terça-feira (23). No caucus de Iowa, na última segunda-feira (15), DeSantis ficou em segundo lugar, com 21,2% dos votos. Trump obteve 51%.
"Trump é superior ao atual presidente, Joe Biden. Isso está claro. Assinei um compromisso de apoiar o candidato republicano e vou cumprir esse compromisso. Ele tem meu apoio porque não podemos voltar à velha guarda republicana do passado", disse DeSantis neste domingo.
No ano passado, DeSantis foi reeleito governador da Flórida com uma vantagem superior a 1,5 milhão de votos, a maior margem no estado em mais de 40 anos. Com isso, foi visto como o candidato mais capaz de derrotar Trump.
No entanto, seu desempenho com o eleitorado foi aquém do esperado e ele perdeu espaço para o ex-presidente. Segundo analistas políticos, DeSantis enfrentava o problema de estar competindo com Trump por um eleitorado com perfil semelhante.
Com a saída de DeSantis, a disputa ficará entre Donald Trump e Nikki Haley, ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora dos EUA na ONU. A adversária do ex-presidente busca republicanos moderados e aqueles de status socioeconômico mais elevado.
Haley recebeu há semanas o apoio de Chris Sununu, o popular governador de New Hampshire e anti-Trump declarado, com quem tem percorrido o estado à medida que as sondagens a aproximavam cada vez mais do ex-presidente.
Depois de terminar em terceiro em Iowa, Haley declarou que a corrida republicana já era uma “corrida de dois”, referindo-se a ela e a Trump e removendo DeSantis da equação.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada
Deixe sua opinião