Dinheiro, joias, objetos pessoais e até cartões de crédito das 298 vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines, abatido por um míssil na Ucrânia, estão sendo saqueados na cidade de Grabovo, onde o avião caiu, segundo autoridades ucranianas.
"Temos informações de que terroristas saqueadores estão coletando não apenas dinheiro e joias dos passageiros do Boeing mortos, como também os cartões de crédito das vítimas", disse Anton Gerashchenko, assessor do governo de Kiev.
Além de o furto dos itens prejudicar a investigação do acidente, famílias das vítimas podem acabar prejudicadas. Segundo Gerashchenko, os saqueadores podem tentar usar os cartões de crédito na própria Ucrânia ou na Rússia.
"Meu pedido humilde é para que os parentes das vítimas bloqueiem esses cartões, para que não percam dinheiro para os terroristas."
Desastre
A queda do voo MH17 matou 298 pessoas de ao menos 11 nacionalidades. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira (18) que o avião foi atingido por um míssil terra-ar lançado a partir de uma área do leste do Ucrânia que está sob controle de separatistas apoiados pela Rússia.
É uma conclusão similar à apontada mais cedo pela enviada dos EUA ao Conselho de Segurança da ONU, Samantha Power, e por um relatório vazado à rede de TV norte-americana CNN.
Provas
O governo ucraniano divulgou nesta sexta-feira um áudio em que supostos separatistas pró-Rússia são flagrados debatendo a queda de um avião. Nas conversas, um interlocutor questiona se havia armas a bordo, ao que outro responde só ter encontrado "objetos civis".
Especialistas de inteligência e defesa ocidentais afirmam que os separatistas estão apagando da internet fotos e comentários que podem ser interpretados como elo entre eles e a queda do avião.
Conforme o jornal britânico Guardian, postagens que indicavam que um avião militar ucraniano Antonov havia sido derrubado em um horário próximo do da queda do voo MH17 foram apagadas.
Também desapareceram fotos e vídeos que mostravam o deslocamento de, aparentemente, um Buk em direção a uma área entre Snizhne e Torez que está sob controle rebelde e que fica perto do local da queda. Uma dessas fotos, dizem, mostrava um Buk em posição de lançamento, ao lado de um supermercado em Torez.
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