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Estados Unidos

Senador democrata diz que foi impedido de visitar deportado por engano em El Salvador

O senador americano Chris Van Hollen, do Partido Democrata, fala com jornalistas em El Salvador (Foto: EFE/Rodrigo Sura)

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O senador americano Chris Van Hollen, do Partido Democrata, afirmou nesta quarta-feira (16) que foi impedido pelo governo de El Salvador de visitar um salvadorenho que foi deportado por engano pelo governo Donald Trump e que está preso no país centro-americano.

Mais cedo, Van Hollen havia anunciado que havia chegado a El Salvador para tentar libertar Kilmar Abrego Garcia, salvadorenho que morava no estado de Maryland.

Segundo informações da agência Reuters, o senador afirmou que o vice-presidente de El Salvador, Felix Ulloa, lhe disse que não poderia autorizar uma visita ou um telefonema com Garcia.

O democrata, que é membro do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA, também alegou que Ulloa lhe disse que El Salvador não poderia libertar o detido porque os Estados Unidos estariam pagando para mantê-lo preso.

“Por que o governo dos Estados Unidos deveria pagar ao governo de El Salvador para prender um homem que foi sequestrado ilegalmente dos Estados Unidos e não cometeu nenhum crime?”, questionou Van Hollen.

O governo de El Salvador e a gestão Trump ainda não se pronunciaram sobre o assunto.

Uma juíza federal de Maryland determinou na semana retrasada que Garcia, enviado para o país centro-americano num dos voos de deportação acordados entre a gestão Trump e a do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, deveria ser trazido de volta aos Estados Unidos.

Um juiz de imigração havia estabelecido que Garcia não poderia ser deportado para El Salvador, porque corria risco de perseguição.

Dias depois da decisão da juíza de Maryland, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que o governo Trump deve “facilitar” a volta ao país do salvadorenho.

Porém, a gestão do republicano, embora tenha admitido o erro, disse que não tem como trazer Garcia de volta, e Bukele, em encontro com Trump na Casa Branca na segunda-feira (14), afirmou que não pretende enviar o salvadorenho para os Estados Unidos.

O presidente de El Salvador e o governo americano insistem que Garcia integra a gangue MS-13, mas ele não tem acusações ou condenações criminais contra si.

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