O Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho (OIT), uma agência das Nações Unidas, decidiu elevar o status da Palestina para “Estado observador não membro”, diante dos protestos de Israel, que considerou a medida “abusiva e sem precedentes”.
Em sua reunião atual, o conselho da OIT decidiu “autorizar o diretor-geral a convidar a Palestina para participar como Estado observador não membro nas reuniões do Conselho de Administração”, assim como em algumas reuniões técnicas e regionais da Ásia-Pacífico.
A Palestina já detém o mesmo status de Estado observador não membro desde 2012 na Assembleia Geral das Nações Unidas, que em maio aprovou uma resolução pedindo ao Conselho de Segurança, o principal órgão executivo da ONU, que conceda a condição de membro pleno ao Estado palestino.
A decisão agora anunciada pela OIT foi recebida hoje em Genebra com protestos de diplomatas israelenses, que argumentaram que, com essa decisão, a organização suspendeu suas próprias regras e condições de filiação.
“A medida abusiva sem precedentes põe em risco a própria base dos métodos de trabalho da OIT”, disse a Embaixada israelense na ONU em Genebra em um comunicado.
A embaixada advertiu que “nenhum trabalhador da Palestina se beneficiará com essa mudança, pela simples razão de que o único objetivo da Autoridade Palestina é demonizar Israel, e não contribuir para a melhoria da vida nos territórios palestinos”.
A OIT vem monitorando a situação do emprego na Palestina desde o início do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas em 7 de outubro de 2023 e, de acordo com suas últimas estimativas, a guerra na Faixa de Gaza elevou a taxa de desemprego no território para 79,7%. Na Cisjordânia, ela chegou a 34,9%.
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